sexta-feira, julho 29, 2005

Espero sempre um amanhã...

Não poderia deixar de dizer que espero sempre um amanhã para o Jornal A CAPITAL.

"Vou viver, até quando eu não sei...
que me importa o que serei...quero é viver.
Amanhã, espero sempre um amanhã
E acredito que será mais um prazer.
E a vida é sempre uma curiosidade,
que me desperta com a idade,
interessa-me o que está para vir.
E a vida em mim é sempre uma certeza
que nasce da minha riqueza do meu prazer em descobrir.
Encontrar, renovar vou fugir ou repetir...!"
António Variações

quinta-feira, julho 28, 2005

Cá vamos indo...

Faltam as chegadas de simbiose e andamos a meio do fundo. Somos os fatos pendurados nos cabides de madeira, e fica a cota insegura sem iluminaçao para rejuvenescer. E já não se envolvem as essências e os odores. Ficam espalhados em seres pesados agarrados, pendurados, suspensos ao canto dos recantos escondidos, levados em braços pelos dias. Não fogem as palavras pelos suspiros e as sombras não se cruzam pelo soalho. Não se notam rasgos de vida, apenas falhas de vivências...lamentos que os anos não perdoam. E encerram-se as vontades e arrefece a aura da existência. Cortam-se as aspirações e a audácia é fugaz, mas prevalece a incerteza, e não ficamos pelos meios queremos o limite do fundo. Queremos desaguar em águas de fácil navegação, conformados pelo destino que criamos. E apelamos a entidades divinas que nínguem viu, no nosso mais puro acto de cobardia. E anulamos, esquecemos que o maior perigo vive dentro de nós. E cá nós acomodamos e assim cá vamos indo...

sábado, julho 23, 2005

Até já então amigos...


Queria apenas agradecer pelos bons momentos que vocês fizeram que eu vivesse.

Queria apenas dizer um até já.

Obrigado pelos sorrisos que fizeram brotar no meu rosto!

Ficam as saudades, mas não me vou despedir.

Vou continuar por aqui como sempre...

Até já então amigos!

P.S- Ficam a faltar fotos mas vocês, Rodrigo, Rafa, Nuno, Catarina...e todos os outros sabem...que o até já é para vocês também...

terça-feira, julho 12, 2005

E onde fica o simples?

o dia não corre mas desliza...
A boca não cola mas mastiga...
Os dedos não dobram mas curvam...
O olhar não enxerga apenas repara...
O sabor não é degustado mas altera o paladar...
O sereno não é parado é apenas tranquilo...
O céu é azul mas com pontos brancos...
A areia não é fina tem textura...
A pele tem marcas mais do que as do tempo...
O tempo não passa, apenas desaparece...
Não podemos ser sempre iguais, evoluímos...
O vazio, é inexistente...
O repleto, existe...
O vago não preenche a satisfação, mas o completo não deixa espaço.
Se é acessório não é necessário.
Resposta implica sempre uma pergunta, então porque não sei qual a pergunta a estas respostas.
Porque se é demasiado fácil, o difícil é demasiado complicado.
Então e onde fica o simples?

sexta-feira, julho 01, 2005

Um pedido de desculpas minhas e vossas...



Quando o lugar é mais marcante que a própria sombra. Quando a permanência não manifesta a voz, apenas estende a mão num hábito de rotina vincado no corpo, que ninguém vê. Mas que sente as pedras da calçada onde o horizonte pisa cada sapato de verniz. O olhar não curva mas sente essas vossas, minhas pegadas num sítio distante. Porque o hábito meu e vosso retira a visão e afunda o sentir. Mas há quem dobre a menina do olho por essa calçada que vocês e eu pisamos sem ver. Há quem simplesmente a conheça melhor do que os vossos sapatos de verniz por incrível que pareça...há quem lhe sinta o cheiro que levantam os vossos e meus sapatos importados de indiferança...Mas porém há dias em que reparamos, olhamos e vemos mais do que o nosso calcanhar...vemos esse ser que respira rente as nossas solas...e ainda bem que assim o é...porque hoje vi o quanto eras grande perto de mim e da minha e vossa indiferança diária...que usa os sapatos mas que não consegue ver para além da sua biqueira.