quinta-feira, fevereiro 26, 2009

Niente

Deixar-me ficar sem as pernas do sarcasmo. Não interessam as coisas avessas e muito menos as inversas do topo da alma. Devem de ser como os bicos dos lápis apagados e como as mãos pesadas de anéis. Um carregamento de pretensas de nada. Um saco despejado e oco no lugar da cabeça. E de tanto vento aproveitar-se-á o vazio.

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Não podes ver. Não sabes que as armaduras são duras? São bolas dinamite a rebentar. São pássaros sem asas e com bicos toscos, tortos. São coisas parvas. É o armário do coração fechado. É a boca seca e os sapatos apertados. Não podes ver, porque não o sabes. Fica-te nos azuis das manhãs e nos sóis de Inverno. Debruça-te para dentro e chocalha-te, abana-te; mas não acordes.