terça-feira, junho 16, 2009

Inventar-te aqui...

Ando para trás na cadeira. Liberto-me à vontade das pernas. Absorvo-me para dentro e o mundo lá de fora escorre-me pela cintura. Cai-me que nem uma luva. Sem esforço, deponho-me à sua mercê. O dia há-de rasgar-se daqui e encher-se com o cheiro das marginais das viagens. Passa-me mesmo ao lado do braço esquerdo o sentir da tua marca. Acabei de te chamar meu amor, com o zumbido dos pássaros desta janela.


Imagem: Brian Gaberman

quarta-feira, junho 03, 2009

De dentro...

Sabe-me a vida a cerejas.
Daquelas que da boca vertem toda a liberdade do amor.
E ele só pode vir daqui, de dentro.