sexta-feira, março 19, 2010

Dos pontos das não pertenças

Quem traz as algibeiras das camisas rotas sabe bem da vontade de não ter pontos a delinear a alma. Sabe bem dos gostos que nascem paralelos às imperfeições dos dias. O céu não terá linhas direitas a receber-nos, em jeito de carreiros. Não haverá posses, posses que se contam pelo número das suposições que, afinal, nunca serão nossas. Nada nos pertence a não ser o bem-querer que nos baste.

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Cantiga das dores

Não serve este discurso parado para dizer que hoje o dia deve ser fachada. Não serve esta boca fechada para encontrar razões baralhadas. Cabe ao dia, parado e cansado, dizer que a cabeça dói mais que as pedras amarradas.