quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Aquário de gente...

Um aquário de gente, que rodopia e volta a girar. O mesmo aquário onde as vontades se percipitam e onde cada um se desloca para um fim, mas por barreira o vidro é sempre o limite dos que tentam alcançar a saída. Este espaço aquático de percipitações, de troca de olhares, de cruzamentos distantes, de vidas agitadas e pouco repletas, de dias vagos e de rotina vincada nos corpos. Bolhas que deviam ser de respiração, elemento vital à sobrevivência são desabafos em tom de descompressão. Estes peixes a que me refiro e que deviam de flutuar, são porém peixes com membros e as barbatanas sao apenas apendices fictícios...podem ser girinos porque se enquadram perfeitamente dentro de um aquário, nunca no mar, porque esse é demasiado libertador e vasto para o ser que por natureza se habitua a ser limitado...Hoje imaginei o Homem dentro de um aquário(sociedade) e não o consigo daí retirar, talvez porque a sua perfeita condição se espelhe nestes vidros, nas paredes deste aquario...

2 comentários:

Anónimo disse...

Somos assim,uns mais que outros, mas raro será aquele que foge a esta norma decadente. Mas parece que tu possuis um pouco dessa raridade, essa vontade de ver mais longe, voar mais alto. Admiro isso em ti. E prova dessa vontade é a tua escrita, tão simples, sorridente e bela como a própria liberdade.
Beijinhos :)

Anónimo disse...

Não tenho palavras, e as que tenho hoje perante esta reflexão, não as sei empregar!
Obrigado por tudo e por nada... Obrigado por existires!!! E.M.