quarta-feira, agosto 17, 2005

Abismos...

Os limites do abismo entre a ausência e a presença são dobrados pelos espaços nulos. Latejam as vidas de brilho e são fruto de dias vagos multiplicados pelo tempo. Pelo tempo que percorre não só o espaço, mas que atravessa a viagem de quem foge da rotina.
E a tentação de sair é mais quente e permanece a confiança na sorte de quem arrisca sem temer perder. E volta-se a barriga do avesso e sente-se o arrepio na espinha que fura a pele e entra pelo osso que acelera o nervo. O desconhecido prevalece pelos sentidos não acalma mas fortifica. E que se calem as bocas seguras de sí sem ousarem sair do hábito. Mas, que não se fechem os olhos pela falta de confiança mas sim pela falta de audácia.Mas se preferem prevaleçam então imóveis como estatuas verdes gastas pelo tempo, mas não se admirem se lhes faltar o sentir.

3 comentários:

Anónimo disse...

Bem eu nem te digo nada,acabaste de me matar com as tuas palavras eu não encontro descrição apenas te posso dizer uma coisa,obg por escreveres!
*****DV

Bailarina disse...

Como eu me arrependo de um dia ter ficado parada quando devia ter partido, só para poder sentir...
Belo texto!
Beijinhos!

Anónimo disse...

Temos sempre duas hipóteses: arriscar e termos noção que podemos sair por cima ou sair por baixo, ou nem sequer arriscar e aí só poderemos esperar o pior. Cabe a cada um desafiar a linha limite que existe cá dentro, responsabilizando cada resultado. Sei que, pelo que conheço de ti, pertences ao primeiro tipo. Lutas e vais chegar onde desejas, embora te sintas um pouco perdida neste momento. E espero que também saibas que existem muitas pessoas que te adoram e farão o melhor que souberem para te apoiar. Continua a escrever, é excelente.
Beijinhos:)