quinta-feira, outubro 06, 2005

Arestas que cortam...

Esta sensação não vale sequer uma batida acelerada do coração. Há falhas que o tempo compacta num cubo de arestas limadas sem volta de transformaçao e não num círculo onde tudo gira. Não sei porque ainda insisto em o querer esculpir, mas estas arestas já cortam...já ferem. Há que o guardar na prateleira deixar que o pó caia, deixar que a cor se desgaste, que o tempo o abata. Que fique nesse síndrome do esquecimento. Que se divida por vontade própria, não sei sequer que utilidade lhe daria...Hoje cheguei com a vontade de já ter partido, daqui ainda oiço essa voz, mas lentamente arrumo o meu cubo de quatro faces. E ainda que me desmembre em palavras, todas são uma ida sem retorno, todas são uma ultima gota de saliva. E já não fico mais a espera de ver esse cubo em circulo se transformar, já não me deslumbro, já nao o recrio, já não o invento, já não me ofusco...apenas o arrumo.
Imagem retirada da net

5 comentários:

Anónimo disse...

=0* (como se daqui te abraçasse nesta quase insuportavel falta de estar perto)
Beijinhos:o*

Anónimo disse...

Há por ai muitas arestas que cortam! Há por ai quem insista que o tempo as apaga e eu sou um deles que acredito que sim! beijinhos para ti

Anónimo disse...

Que te sintas sempre bem onde estiveres.Que sejas sempre quem quiseres.Que vás onde puderes.Nunca mudes.Adoro-te.
Beijinhos:*

Anónimo disse...

sem duvida o meu blog favorito..a minha escrita preferida...é do melhor k ja vi! Frans.

Maguiga disse...

"Folhe-ei as páginas de um velho dicionário, procurei as palavras mais bonitas para te dizer, mas se não me engano e com as voltas que já dei... As palavras que encontrei são para te dizer que estas sempre cá dentro desta caixinha que bate em silêncio." Continua a escrever assim, pois adorei estas arestas que cortam... Beijos doces