quinta-feira, junho 15, 2006

Orgulho desmedido...

Durante toda uma vida ouvi falar dele, imagino sempre que tem as mãos grandes de ternura, as faces rosadas e um sorriso rasgado no rosto, como quem não se preocupa com as coisas mínimas da vida.
Na minha cabeça faço cumes de ideias e cada vez que vejo aquela curva não me deixo de arrepiar, numa vontade desmedida que ela jamais tivesse existido. E é estranho sentir saudades de alguém que nem conhecemos. E então ainda foi no outro dia, num fim de tarde perfeito, com aquele calor típico do verão, onde o sol ganha a sua plenitude e estatuto máximo no céu, que se viraram para mim num tom longínquo do tempo que não volta. – Sabes Bruna, o teu avô teria agora a minha idade? Depressa me captou a atenção esse meu amigo, com o triplo da minha idade, que me fez perceber o quanto custou a liberdade com histórias sem conta e uma vontade de viver inquieta.
Senti um nó no estômago, desejando que pudesse mesmo ser verdade e depressa me correram, como quem corre em auto-estradas palavras, essas que me dizem quando menos estou a espera e em que ele é sempre o assunto. – Grande amigo, dos melhores homens que conheci, coração do tamanho do mundo, para ele estava sempre tudo bem. São estas as frases que vou ouvindo de boca em boca e cada vez que as oiço surge uma leveza que me faz flutuar para longe, e é das poucas vezes que sinto orgulho em mim, por me associarem a ti avô.

3 comentários:

Anónimo disse...

A saudade não nasce no material do mundo. Tem origem no simples bater do coração, que se planta na nossa existência e naquilo que nos marca, catalisador do que é a nossa persoalidade. O orgulho que vive em ti é fundado na vida de alguém que não conheceste mas que existe tão profunda e vivamente dentro de ti. Porque tu és parte dele como ele é parte de ti. E o sangue que vos une suplanta esse efémero passar temporal. Porque também tu, assim como ouves ter sido o teu avô, és fantástica com esse sorriso e coração enormes.
Beijinhos:)

Anónimo disse...

Sabes Bruna, acredito que esse teu amigo com o triplo da tua idade, seja a sinceridade a falar em estado puro. Essa saudade que hoje aperta dentro do peito, é feita de imaginário, alimentada por pessoas que hoje em dia fazem parte de ti. E foi com elas e com a ajuda desse mesmo imaginário que cresces-te e conseguis-te construir uma das pessoas que mais admiro...Tu propria és o reflexo desse "coração do tamanho do mundo" (fenómenos da hereditariedade quem sabe!?)
Se pelas tuas contas são poucas as vezes em que sentis-te orgulho em ti, então só posso dizer que a tua matematica n é igual há minha... Por mais que escreva nunca vou consguir dizer ao certo o quanto tu és importante para muitas das pessoas e acredita que elas sim muitas vezes já sentiram orgulho em ti. Termino e assino com muita amizade e um obrigado enorme por existires.

jinhos****

Anónimo disse...

gostei especialmente deste texto...talvez plo facto de me tokr mt sentimentalment...talvez tbem por ter krido tanto kmo tu konhecer essa pessoa d kem falas...e tantos outros, e k tbem ouço tantas vezes dizer k era das melhores pessoas k se konhecia, dos melhores koraçoes, dos mais abertos para o mundo...!!!tbem desejei konhece-lo sem puder...e sabend k é impossivel mesmo assim aind oje o desejo...