Se achasse que era improvável ficaria presa à manga do tempo. Sacudiria o algodão dos dias e dizia que chegava, somente, os pingos da chuva. Um depósito resguardado da enchente de maré. Mas o meu parapeito entorna. Não guardo paulatinamente as coisas. Não encontro pertença, mas vergo os olhos, esses, que dobram como os braços que abraçam. E em cada arco, uno uma ponta à outra. Fazemos um círculo. Andamos de um lado para o outro, sem linhas com cantos pontiagudos a confundirem a forma. Insolentemente, boiamos à superfície de barrigas para o ar e vidas abertas. Carregados de tardes, de noites e de estrelas ficamos a dois palmos do corpo e cheira à infusão do azul.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
6 comentários:
Arrepios. Cheira à céu e cheira à mar!
Infusão do sorriso:) Quem é o sortudo que anda contigo em círculos? :( Eu não sou!
assim dás cabo de mim bruna...arrepios sinto eu cada vez leio qualquer coisa tua......infusão do azul? poderá ser?...gostar?amar?simpatizar?adorar?querer?desejar?atracção?....uhm tudo sabe a azul....
Azul marinho, azul escuro, azul violeta, azul em quarto crescente, azul em quarto minguante,azul claro, azul do mar, azul do céu, azul da água, azul do passeio das estrelas. Infinitamente azul e gente verdadeira.
Porque as coias boas são azuis de infusão!
Há muitos verbos. Sabes quantos? Há muitas mãos? Sabes quantas? As nossas quatro em arco! Os verbos são o de menos porque, neste caso, somente um chegaria. Adivinha! Infusão de cores a cheirar a azul!Pode?
Enviar um comentário