terça-feira, dezembro 04, 2007

Horas...

Dizem que a melancolia das horas não são mais do que frascos vazios.
Sobre elas, digo que se debruçam pickles azedos que fazem azia às barrigas.
Sei bem que o que arde não cura, mas invejo a paciência das feridas abertas ao ar.
Tenho, contudo, menos tolerância para os relógios de parede.
No peito apetece pontas de narizes geladas.

7 comentários:

Anónimo disse...

Se este é um texto surrealista tu és surreal. Lógica.

Anónimo disse...

belo!

Andreia Azevedo Moreira disse...

As feridas abertas ao ar são as que mais depressa cicatrizam. Ainda que o "depressa" quando se sofre nunca seja suficientemente rápido. Já as feridas muito enterradas em nós são mais preocupantes e difíceis de alcançar e curar. Bjinhos

Anónimo disse...

Convido-te para lanchar
queres torradas?
Tenho doce de abóbora.
Fica para que horas?

:)

Anónimo disse...

Que hora son mi corazon?

Anónimo disse...

Quando passas à minha rua
como um anjo que flutua
os teus pés nunca pisam o chão
E a cada passo teu
sem saber eu troco o meu
como se pisasses o meu coração
e até as flores do jardim
mudam de cor
ao ver-te assim...
E já não posso mais esconder
esta ansiedade de te ver
Quem és tu miúda?

Anónimo disse...

Nunca poderias ter paciência para relógios a controlar o tempo na parede. Já sabia.