sexta-feira, fevereiro 10, 2006

A propósito dos Fundamentalismos...

Não receei nunca a invasão dos fundamentalistas acreditei sempre nas palavras da democracia. A distância a que essas nações se encontravam de mim faziam o meu canto seguro. O estalar da mentalidade de lá sempre me fez confusão, mas sempre me mereceu respeito. Cada um com as suas crenças, ainda assim o exagero desses Fundamentalismos fazem enrugar-me a mente, como que a criar rugas nos poros. Guerras Santas em nome de Deus, desse mesmo Deus dos crentes, feliz de quem acredita em alguma coisa, eu não me converto mas respeito. Não sei é em que parte da Bíblia, do Corão se incita a violência. Não acredito que esse vosso Deus se encontre por isso contente. E quando hoje vejo armas apontadas a cartoonistas, bandeiras dinamarquesas a serem espezinhadas dou por mim a pensar que afinal esses fundamentalistas não estão assim tão distantes. Não acredito que não houvesse a intenção de provocar esse povo fundamentalista, aliás a discórdia reside sempre na maioria das mentes. É que é fácil atiçar o rastilho da pólvora. Há sociedades que estão preparadas para receber essas críticas, há outras que ainda perduram agarradas aos tempos...E ao recordar o tempo, apesar da polémica não houve guerra por se colocar um preservativo no nariz do Papá, mas é que Muhammed ainda preenche outro estatuto no mundo árabe. Ainda assim, há uma coisa que não abdico incondicionalmente - O direito à liberdade de expressão, desculpem-me os fundamentalistas mas os valores da democracia ecoa-me mais alto. Não prescindo jamais da liberdade, inclusive da de imprensa. Embora pense que há coisas neste nosso mundo, onde a fogueira esta sempre pronta a atiçar, que é necessário esperar pelo tempo. É o caso desses cartoons, não adianta contrariar um crente que esta convicto de si, ele nunca enxergara além da sua Íris.

Fotografia fonte: www.primeirodejaneiro.pt

1 comentário:

joana disse...

A inteligência não nasce em campos minados de erva daninha: escolhe-se e cultiva-se.Jamais se conseguirá demonstrar e fazer crer a todos certos valores que,quem ama a liberdade,tem de si e para si como axiomáticos.Nada para além do respeito se poderá sobrepor à liberdade:lutamos a cada dia para fazer dela a epígrafe das nossas vidas!Como tu dizes "a mim ninguém cala!".
Cá te vou lendo e me identificando a cada palavra.
Beijinhos
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