segunda-feira, agosto 21, 2006

O romantismo anda doente...

Ele há coisas que me fazem confusão, entre as várias encontro umas que os ouvidos encaram como dolorosas. Coisas simples, mas tão ridículas, tão vazias, tão sem nada que me parecem ocas. Estava a almoçar, tranquila com a cabeça mergulhada em conversas e risadas sobre tudo e sobre nada. Ao nosso lado um casal estava apaixonado, coisa boa portanto. No entanto, o rapaz abria a boca e acabava com qualquer romantismo inteligente. Fonemas saiam repetidamente, o que atingia a maior percentagem era bebé. Bem, há por ai alguma mulher que goste de ser tratada por bebé ? Eu acredito que o amor tudo tolera, mas e a criatividade, a originalidade, morreu pela boca. Bebé é mau diria péssimo. Apeteceu-me dizer ao rapaz para arranjar outro adjectivo, mas vai na volta são só gostos e não se discutem. Como dizia o outro cada uma sabe de si. A conversa prosseguia e não tardaria a saltar da boca do rapaz outro adjectivo fofinho, diria mesmo rechonchudo. Gorda. Normalmente, todas as mulheres ficam meio atrapalhadas com esta palavra. É algo não desejável, não o fosse e não correriam para o ginásio até as pernas gritarem: pára! No entanto, mais uma vez nesta situação é encarada como palavra querida. Mas o pior é que a rapariga era magra. Mas ok, o romantismo anda afectado pelas coisas pirosas, anda doente, cego aos olhos dos crentes.

2 comentários:

Anónimo disse...

:) É mesmo ele há quem goste destas coisas. Gostos, ou falta dele. Abraço regado de Beijos

Anónimo disse...

O que tu te lembras. Bem que cabeça. Especialmente, fabulástica! Bjokas