sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Há um melhor português?

O grande português de sempre não é grande em pensamento. Faz-me comichão na mente pensar que se quer falar de história deteriorando-se elementos que a ela pertencem. Se fosse uma selecção natural de afinidades, de gosto, de prazer, de identificação e de preferência seria causa justa. Mas não! Neste caso, a política sobressai à cultura e a cultura excomunga a ciência. Como se pode eleger um, apenas um? Como pode a bravura diferenciar da intelectualidade e a astucia da inteligência? Claro que em tudo. Mas a história é indivisível. A história não separa, quanto muito ordena. Uma coisa liga-se à outra, porque só a descoberta anterior dá asas para o progresso voar. A história também não enriquece os bolsos às operadoras telefónicas. Ou enriquece? Ou são as audiências que viram guerra? Cada vez confio mais que a mentalidade é o que muda mais lentamente. Se não olhem para um País em campanha por eleger um melhor Português de sempre. Como se houvesse um e apenas um e mais nenhum. E agora pergunto: Quantos portugueses geniais andam longe das luzes da ribalta? Quantos ficaram pelo caminho? E não serão também as circunstâncias que fazem o facto? E depois há uma vontade desmedida de incentivar ao voto. E perguntam: Já votas-te em X? Não te esqueças! E de repente o nosso Portugal dos Pequeninos da Europa quer ter um homem com G de Grande, mas não um País com G de Gente.
Por isso, o meu Voto vai para a minha avó por, para mim, ser a melhor Mulher (e não portuguesa) de Sempre.

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