sexta-feira, setembro 14, 2007

Discurso do fundo...

Eis que me dá vontade de dizer o que não sei. Solto a língua. No encaixe da boca ficam as palavras, que minguam com a crença de nada saber. Volto a transpor a vontade de ser mais do que papel fosco. E apercebo-me o quão tosca é a mentira dos que sabem falar. Tenho dito: Ninguém discursa com a voz do fundo quando se aclama o que se sente. Perde-se metade na distância do coração à boca. Presunção de dizer o que se gosta. Sim, sente-se. Mas sem polegadas. Apetece-me dar-te bolas de água cheias de mim, para que as engulas e sintas o sabor do que me fazes paladar. Queixo-me mais ao eu do que a ti. Sem delongas, acredito piamente nos arrepios do corpo e curo a intenção de gastar canetas que os escrevam para fora. Calo-me. Nada digo que jeito tenha.

11 comentários:

Anónimo disse...

A voz do fundo mais sincera que já ouvi!

Andreia Azevedo Moreira disse...

Adorei!

Anónimo disse...

Aproveitemos o sentir do fundo.
De fora fiquem as palavras. Fiquemos com o afecto!

Anónimo disse...

Fantástico.....

Anónimo disse...

lindo!!!´da´sempre coisas cheias de ti!!beijoezz

Anónimo disse...

"Sim , sente-se".

E mais não digo, porque se assim fosse não iria escrever com a verdade do sentimento! lol "Perde-se metade na distância do coração à boca"... neste caso à ponta dos dedos..lol

Bêjo

Anónimo disse...

O meu ser não foi avisado de ti. A minha cabeça ficou desvairada de tanta identificação num só corpo. Devia ter-te encontrado antes, a vida seria mais opulenta. Gosto muito das tuas palavras. É do fundo que digo.

Anónimo disse...

apaixonada :)
beijinhos pomba * ana

Anónimo disse...

Como peixinhos no aquário
Olhamos o vidro com calma aparente, no ritmo certo mas precário, de caminharmos neste vazio contente…
Animamo-nos nesta sede miragem, choramos à noite, inventamos coragem...E parece fácil, esta vulgaridade, esta pobreza de não lutarmos pela felicidade...

bjs
angela

Anónimo disse...

E eis a razão para seres tão única. Beijitos

Anónimo disse...

"E até nos momentos em que digo que não quero
E o que sinto por ti são coisas confusas
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir".