quarta-feira, outubro 31, 2007

A cigarra que canta à semente...

A semente cresceu ao lado de uma cigarra. Engrandeceu verde e caiu amarela. Entrou pele adentro da lama. Respirou com o mesmo ar dos pulmões e cuspiu a única sede que a terra lhe pediu, água. Redondas continuaram as cabeças dos homens dos bancos, a fazerem contas de subtrair às almas. A cigarra cantou. A semente brotou. O homem entediou-se, mas continuou vestido de fato. A cigarra voltou a cantar, ao lado da semente que cresceu. Só ambas sabem da perícia da arte de ser. Na paisagem fulgura um abraço em jeito de carícia à vida.

3 comentários:

Anónimo disse...

Simplesmente...genial.

Anónimo disse...

Como sempre só poderia ser teu.

Parabéns.

beijos grandes

Anónimo disse...

...a semente cresce com tuas palavras...cada vez + deixa raizes por onde escreves ....beijoz