sexta-feira, junho 17, 2005

Brecha...a céu aberto.

O ritmo dos dias fenda o corpo liso. E essa estrada que liga o coração ao cérebro encontra mais do que nada. Pisa e esconde as feridas que cá dentro vivem abertas ao ar do corpo, e dos outros que penetram pelo dia solto. Solto das pernadas que o erguem, mas virado pelo vento que o sopra. E não sei se hoje me entendem a gramática, mas penso não existir sentido no que se sente. Ou talvez não se murmurem os silêncios. Por os ouvidos não quererem escutar a entoação grave e aguda que fura não só a cartilagem, mas que afunda as vogais pela brecha que abre sem remendo que a abafe.

2 comentários:

Anónimo disse...

É a própria vida que vai abrindo aqui e remendando ali. E as marcas não nos diminuem, antes nos endurecem. Quando te sinto a abrir e ser cosida, dá-me um maremoto no estômago como se dos meus próprios ossos se tratasse. Sentir a tua voz fraquejar, ainda que sabendo que a alma nunca te trai, ou ver o teu sorriso esmorecer, custa o triplo. Mas sei que serás, sempre, mais e maior. Que te doi mas que serás sempre tu e que o ultimo sorriso só pode ser o teu e as tuas palavras valem sempre mais.
Beijinhos:)

Anónimo disse...

Conhecendo-te também como eu, sei o que significa essa brecha no teu coração, na tua alma, mas, a tua força interior, a tua doçura, o teu amor pelo próximo vais saber superar tudo isso, existem dias menos bons hoje talvez seja um deles, espera pelo de amanhã certamente vais voltar a sorrir como só tu minha alentejana tem o dom de o fazer, preciso de ti desse teu olhar, das tuas palavras, da tua força para continuar-mos a nossa viagem da vida.
Beijinhos