quarta-feira, maio 31, 2006

Lisboa abaixo, Lisboa acima...

Rua acima, rua abaixo. Esquerda, direita, um folgo de ar, uma batida. Duas pernas a andar e simplesmente um sorriso no lábios. Largo, rasgado, grande, enorme…Nessas ruelas estreitas, por entre paredes, por entre muralhas, aviões, carros, peões verdes e vermelhos. Confusão sim muita, mas eu gosto desse rumor nos ouvidos, não me fere a cartilagem. Nessa calçada cheia, repleta, nessa voz que me chama, que me aquece e me devolve sempre que necessário. Janelas e portadas altas, tudo alto, tudo no cimo. Pendurada em lençóis brancos por entre o corpo, descendo escadarias que arrefecem os pés. Desamarrota o céu, encaixa-o no rio e segue a rebolar por as colinas, em pé-coxinho e chinelos de dedo com terra nos calcanhares. E sobre os carris, sobre as caras de ninguém tu tens rosto, e eu conheço-o também.

2 comentários:

Anónimo disse...

Lisboa encanto de quem a percebe e cheira...tu sabes bem os cantos a casa! ******LINDA*****

Anónimo disse...

Lisboa sem dúvida terra grande (Cidade grande), mas Aljustrel terra perfeita, encantada, suprema onde o por do sol ganha novos horizontes apenas também para que a percebe...VILA MINEIRA
BJS