Tem caído gotinhas de palavras
a minguar em quarto crescente
A formiga carregou um miolo de pão,
não houve sapato assassino.
sentes as cortinas?
são lençóis presos do cheiro de semente.
aqui, em casa não há corredor,
mas temos tapetes.
Queres que te mande?
Subo as escadas.
Dentro da corrente,
não há ciclones de vento
Tenho os dedos a cheirar a romã
Os bagos caíram pela janela
Sentes?
Cá por dentro…soa ligeiro
Ouves?
Não rima é o importante.
Mordo o lábio.
Não têm afinação.
Já te disse que não gosto de consonância?
Então, não gosto do que rima.
segunda-feira, maio 21, 2007
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8 comentários:
Puro caos. Nada de coisas com métrica. Mui. Gosto tanto.
Revela-te.
Só podia;) pormenores muito importantes, miúda!
Revelacoes,,,,muito inspiradoras!! e que tocam ...em varios sitios!!muito bom!!continua a revelar,..
"Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo."
Eh, estive um pouco ausente destes "dias soltos", mas nunca os esqueci...
BÊJOS pa si***
Que engraçado. Ontem não te visitei e escrevi um post a rimar. Apesar da contradição (tu não gostas de rimar e eu gosto) estivemos em consonância! É engraçado como vidas totalmente separadas se tocam. Coincidências?!
Vai ser naquele Instante Fatal.
Rima que rima e volta a rimar!Também prefiro a sua ausência ou a presenta inadvertida!Estás cá dentro,na terra dos bichos,no mundo das fadas em que as fadas lá deixam as suas nuvens mágicas para apanhar os transportes!
Beijinhos dourados como os peixinhos :)
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